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domingo, 30 de abril de 2017

VAGABUNDOS PARA GERAL

VAGABUNDOS PARA  GERAL


O cacete quebrou

Sobre as ancas

Do corpo esperança

No lombo de trabalhador

Que será o vovô

Sem direito a repousar

O que trás má lembrança

De uma época de nunca mais

Mandam todos ao cais

Onde jamais aposentará

-Deficientes ao mar

Grita o lacaio

Anunciando missão

Dada e realizada

Proposta da indulgência

A barca do inferno sem Alto

Que aparece ao horizonte

Em meio a fumaça de gás

Mandam até professor

Apagar as escritas

com bola de borracha

Conhecedor da história

Vê essa escória

Torturar o conhecimento

Mas a fé professada

E as palavras afirmadas

Impede o condutor

Seguir a águas passadas

Onde sangue e suor

Compunham mesmo odor

E lugar comum na jornada

Ostensivo abre alas

esse povo vagabundo

Como grita tirania inflamada

Sabe o valor da produção

E quem fica com ônus

Já a gloria dos Bônus

Sem se preocupar com magoa

Mantenedores dessa casa grande

Seus troncos e senzalas 


SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

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