ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

sábado, 15 de abril de 2017

JAÇANÃ DEU A’DEUS A MATA




JAÇANÃ DEU A’DEUS A MATA



Fora além do CEU

Como voo de Jaçanã

A Vila Nova

Acima do bem

Assediada ao Mal

Antagônico ao Éden

Codinome Galvão

Mirante de mente sã

Nesse morro nada são

Do largo é a largada

Rotatória engarrafada

Um laço de nó

Aguaceiro na chuva

Tem muita curva

Tem-se Reto, tem medo.

Hora entupida

Barriga da ingestão

Descaso indigesto

Há todo o processo

É de dar dó

De não ser assistida

Outrora encruzilhada

Entre o tudo ou nada

Dentro da ocupação

Culpado e inocente

Em terras de santa casa

Viraram artérias

É comunidade sagrada

Entre Deus e o Diabo

Á aquele que só acata

Outro vive do que cata

Da Rural, anjos caídos.

Do Jova a cova

E a prova dos nove

E o sangue escorre

Flori pelo vaso

das vielas íngremes

E sua sinuosa duvida

Todo tipo de fome

Outrora curva das matas

Almas alimentadas

E a graça das chácaras

Arroubo ao seu topo

E a torre da rede

é moinho de vento

de realidades sopradas

gigante abandonado

virtude do descaso

mastro mirante

Plataforma dos olhos

Vê-se que o tempo passa

Nessa sociologia Vã

as bicas eram d’água

Fogueiras de madeira

Não o que os transportava

Já o tempo importava

Dou nostalgia ao olhar

como bambuzal de Oyá

com reverencia dançava

onde era mata do Jaçanã



SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

Nenhum comentário:

Postar um comentário