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sábado, 3 de dezembro de 2016

ZUMBIU ORÍ



 ZUMBIU  ORÍ
Uma brisa me abate
Tornados nesse relento
Religa-me ao bento
E coisa de Oyá
Desculpa o jeito de fala
É sabedoria de mandinga
Que vem de outros tempos
Que avó me ensinou
Como dizia os antigos
A qual cura a ferida
E deixa a mente sã
Da cautela ao instinto
No encontro dos ventos
Leva a cabeça serenar
qual sentinela fun-fun
Como repouso do leão
Como um ritual xamã
Porque ação é sensitiva
Primitiva intuitiva
Invocado o que espero
Filtrado o que relevo
O  que não excito
Fortalecer meu mito
E sentir que a quero
Porque é no rito
Que me libero
E sem saber dizer
Ao que confio
Que vem prodígio
Som do apito
Que canta ao ouvido
Como fogo me revela
Passeio à alameda
Dos pensamentos
E a dança das labaredas
Chamas que sobem
E caminham a sua esquerda
Viram lava de suor
Soma aos fundamentos
E a troca do mal me quer
da margarida acabrunhada
A evolução de provimentos
Com pés firmados ao Aye
É o pouso do bem querer
E navega em águas
Com velas, revela.
E belas presenças
Libera a mente
Aos mistérios de Olorum
De bênção e salvas
Se for amor é Oxum.
SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÀ

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