CANDIDATO DIVAGA
O candidato à vaga
Auto Indulgência deparado
A pergunta que não há que cale
Seja o que lá o que causa ao
eleito
O recesso o deixa apurado
Ao aforismo do disparate
Candidato entrava
Qual seu defeito?
Meu Deus que povo estranho
Invadem sem pedir licença
Interroga sem pegar na mão
O que faz a diferença
Em qualquer conceito
Ser quer sabe meu qual clã
E se ficar sem jeito
Aí passará por uma provação
Candidato em meio à bravata
Um pé na porta
E pega alma defecando
Sabidos que seus atos falhos
O leva para traz
Como consulta no divã
É senha para outro plano
Questão que confidencia ao silencio
O que querem pela vaga almejada?
Classificar minha carência
Metamorfoseará em doença
A mais valia de sua paz
Guiada pelos fios da corporação
Conduzida como ciência
E essa não esta em meu plano
Para imperar meu lado melhor
Será um defeito não confiar em estranhos?
Meu interior é um laboratório
Que busca o intimo equilíbrio
E a intimidade não esta em promoção
Entre nós há uma lacuna
Para tal especulação
Eufórico por ser aceito
Sem noção da teia
E que prepara sua tumba
Querem-me resignado
Ao processo causa efeito
Cego, mudo, surdo.
E portador da deficiência alheia
Invadem comportas do peito
Para opressão e o pleito
SÉRGIO CUMINO – PcD – PoEsIa CoM
DeFIcIêNcIa
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