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sábado, 5 de março de 2016

FLECHÁ-LA



FLECHÁ-LA

Sou cupido de mim mesmo
Querer cá dentro
Suspiro no seu corpo inteiro
motivo da busca
que a faz meu alvo
estimulo é o te quero
Como quero
Mover-me em  seu movimento
doce e belo
enigma de todo desejo
transformado em paixão
em fogo sem razão
em voltagem louca
que vontade boa
de instinto selvagem
não importa onde amar
sobre recluso das montanhas
os ventos do campo
a magia do beira mar
guiado por nossas miragens
roço o seu vale vasto
mergulho em sua caverna
e penetro o etéreo  
mil formas e fazer amor
Oceano para poema compor
feminina move a rima
olhar é a mãe das  asas
Sorriso acende o coração
E ser um rio sem margens  
Como seu corpo envolto
delicioso úmido ardor
que aquece meu ser inteiro
num transe verdadeiro
Um calor virando  brasas
envolvo  dedos em cachos
Você perdida em cobiça alada
Traduzidos nos rosados seios
frutas do  vinho, suas uvas
arrepio da nuca, minha barba
Embebedo-me de você e dou, ·.
Sirvo-lhe o deleite desse arqueiro
Atrevido como  de guerreiro,
Perspicaz flecheiro, amante.
Cândida felina me caça
No seu dia da graça
Com as pernas me abraça
suga a flecha mágica
servindo-lhe que me tem
Cavalheiresco arqueio Zen
penetra sua mata, sua vulva
seus segredos, sua alma.
Doo-me sem limite.
Sou seu e meu, cupido.
De mais ninguém.
Só aspirar ser flechada.
Tornar-se Psique
SÉRGIO CUMINO -



Um comentário:

  1. Na velocidade de uma flecha me alcança... Serve-me com um deleite todos os segredos. Me entrego por inteiro sou fogo transformado em paixão. Nada mais gostoso do que absorver as palavras e elas atiçarem seus instintos e tocarem a alma te fazendo sonhar acordada.

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