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quarta-feira, 16 de março de 2016

AMADA MANCA




AMADA MANCA

As desaforadas que passam
Por você não ter rebolado
 que o país esta fadado
Cochicham em satisfação
Sobre seu andar
E o descompasso que manca

Quanto tempo contigo passo
Em transe com seus  olhos
A ponto de como são os passos
Passa despercebido
Vislumbrar que pode ser amada
Deixas as beldades desesperadas

E afiam o sabre do preconceito
Contrapondo meu lábio molhado
Pela exuberância daquele beijo
Momento que as pernas não vêem
Entrego-me a boca é fato
E a poesia que estou vivendo

Andar? Tateia as possibilidades
Em caminhos avariados
Que faz da sua fragilidade exposta
Evolução do nosso afago
A ternura que no ombro encosta
Desenha amor em meus cuidados

Não se contagie com essa gente
Que a maior deficiência
É viver com a impotência
Que os enche
Inflados mal amadas
Vomitam de suas sacadas


Passos desejados do pensamento
elevado faz do asco menos
assim afirma seu pleno feminina
Declino-me perante sua finura
Amando seu jeito menina
Seguimos de braços ternos

Quando a pego pelas ancas
Mulher amada e desejosa
As que a chamam manca
Pela rua do ouvidor
Cacarejam como penosas
Por não terem um grande amor.

Sérgio Cumino – Observatório SP 803

2 comentários:

  1. Elizabete Nascimento24 de março de 2016 às 14:13

    Visão do poeta e sua inspiração que em nada muda pelo seu jeito de andar. Sua essência vai além de esteriótipos mundanos e perfeição corporal. Vamos ao longe unidos por nossa melhor forma de amar.

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  2. O importante é termos o poder de fazer a melhor nossa forma de amar....Parabéns.

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