A DECEPÇÃO
Dez minutos de o novo iniciar
ainda
com bolhas nas taças
espumosas brumas do mar
submersas
na bebida rosada
na
abertura do portal, jaça
toda
poesia dada à amada
Dez
minutos inicia resoluções
caminhar
, superar, amor e paz
sonhos
projetos aos corações
No
cintilar dos brilhos no céu
após saudação do novo,jaz
revela-se
o poço, a joça, o fel
Os
dez minutos da bonança
voz
embargada , começa dissentir
quando
sonhava como criança
arremessando
meu peito a revelia
e
os quereres e o que tinha por vir
Pura
indiferença pelo que eu sentia
Dez
minutos , musa, amada e cruel
lança-me
ao prelúdio de um abismo
Logo
ela por quem eu peço o céu,
Joga-me
numa sala de parede fria
com enfeites, vinho e sofismo
Que
a mentira infiel recria
dez
minutos de pirotecnia
como
se horizonte fosse sorte
inicio
do ano que prometia
como
as taças a mente a borbulhar
já
me encontro sem norte
Nem
tempo de embriagar
Dez
minutos para a covardia
Cegando-a para o óbvio não ver
dedos do absurdo, digitam
Sua
alma mesquinha
Na
dialética do ser e não ser
Cuja
ceia da desonra, fui o prato
Para
as dez horas que cresce
os
dez dias,os dez anos senis
Contra
os dez minutos fatídicos
Dobro
meus joelhos as dez preces
Eretos
ao trato atos covardes e vis
Rogo
pela harmonia e princípios
SÉRGIO
CUMINO-
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