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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

ARENAS NOTURNAS



ARENAS NOTURNAS

Quantos pares
Trilhas de sonhos
Cada qual num enredo
Penetra a cor rosa
de dentro do chá
Protegido pelas asas
Passam pelo vale
Sua luz que colore a face
Quantos ares
Cambaleantes Obtusos
E tudo quanto estanhos
E de quanto me atrevo
Junto ao show de néon
Que celebra o outubro
Marcante como o colarinho
De Ramos de Azevedo
Pomposo como uma ribalta
Onde seus pares noturnos
 Contam a pratas
Para chá do pote
Rateio da parangá
É a parada de volta

A banca a toda prosa
A gravata plastron
Ilha dos “parças”
Com devaneios da brisa
Assembleia anárquica
Um assim para cada percebo
Ilustrando a praça
Salda-se a arena de Sófocles
Pelos complexos de Édipo
Aos manos de Barbas
A festa das bruxas
Como redemoinho
Circula sentido horário
A graça e a brasa
Qual pilhéria no anel
É o mistério do painel?
Que a cada retoque
Da-se um novo dito
Independe do plano
Sem pele sem luva
O espírito de Anhangá
Na parede do prédio
Melodrama da viagem
E as lendas sentidas
 O mito que se apresenta
Misturado com larica
Dá-se o choque térmico
E a brisa vira milícia
No enquadro da história
Fica parado não se mexe
Imposição de policia
O que carregam nas mãos?
É a merenda Soldado
Biscoito, recheado
E as Loucuras desse vale
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

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