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sábado, 29 de agosto de 2015

PEDAÇO DE MAU CAMINHO




 PEDAÇO DE MAU CAMINHO

O acesso que te peço

São os que levam a vida

Deu-lhe e os fechou

De mazelas escondidas

Nos olhares dissimulados

De duvidosa  intenção

Fingir no coração

Ações providas

Que deixa esperando

O que seria fluxo

Retém o impulso

De querer chegar lá

Torna nado contra maré

Enaltece o obstáculo

Celebra os afogados

Entristecendo o desejo

Passos da irrelevância

Sem pé ante pé

Quem não sabe como é

Faz da indiferença instrumento

Transforma  Vielas do medo

Em becos sem saídas

Quando respeito é possível

Vê-se totalmente sem jeito

Descaso ferramenta do pleito

Querer passar e não poder

A desesperança sofrida

Com jubilo amargo canta

Há um descaso no meu caminho

No meu caminho há um descaso

Acessível não é possível

È Cadeirante errante

Que clama cidade justa

Parece ficar com a culpa.

De não poder subir

A rampa do planalto

Confinado ao atoleiro

Do buraco no asfalto

Seu direito prosaico

É lei não cumprida



SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

Um comentário:

  1. Bem colocado as mazelas vividas todos os dias por aqueles que passam a margem da sociedade e quando grita por seus direitos como qualquer cidadão dizem: "está tudo perfeito", mal sabe que está longe de chegar ao menos o correto. Perfeito nem em sonho, muito a se fazer começando pelo descaso dos que teriam que levantar a bandeira e fazer valer nossas leis de acessibilidade. É ultrajante ficar limitado por não se ter acesso a coisas básicas. LAMENTÁVEL

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