PEDAÇO DE MAU CAMINHO
O acesso que te peço
São os que levam a vida
Deu-lhe e os fechou
De mazelas escondidas
Nos olhares dissimulados
De duvidosa intenção
Fingir no coração
Ações providas
Que deixa esperando
O que seria fluxo
Retém o impulso
De querer chegar lá
Torna nado contra maré
Enaltece o obstáculo
Celebra os afogados
Entristecendo o desejo
Passos da irrelevância
Sem pé ante pé
Quem não sabe como é
Faz da indiferença instrumento
Transforma Vielas do
medo
Em becos sem saídas
Quando respeito é possível
Vê-se totalmente sem jeito
Descaso ferramenta do pleito
Querer passar e não poder
A desesperança sofrida
Com jubilo amargo canta
Há um descaso no meu caminho
No meu caminho há um descaso
Acessível não é possível
È Cadeirante errante
Que clama cidade justa
Parece ficar com a culpa.
De não poder subir
A rampa do planalto
Confinado ao atoleiro
Do buraco no asfalto
Seu direito prosaico
É lei não cumprida
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803
Bem colocado as mazelas vividas todos os dias por aqueles que passam a margem da sociedade e quando grita por seus direitos como qualquer cidadão dizem: "está tudo perfeito", mal sabe que está longe de chegar ao menos o correto. Perfeito nem em sonho, muito a se fazer começando pelo descaso dos que teriam que levantar a bandeira e fazer valer nossas leis de acessibilidade. É ultrajante ficar limitado por não se ter acesso a coisas básicas. LAMENTÁVEL
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