ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

AS LENDAS DO ANHANGABA

AS LENDAS DO ANHANGABA

Bar do vale e comissão
Barco ancorado a duas esquinas
Onde Exu ganhou Correio
Do Bar de fama
Ipiranga com são Joao
Barbadas com anedotas 
Barbeis e xaropes
Passa capitão Salomão
Ao bar da trilha
O que rima amor com dor
Poeta a faz cria
Fracassados da campanha
Recupera sua gana
Se na máquina toca um Rock
É do bêbado operador
Uma passarela Paulistana
Mito urbano a nutria
Pelas mamas da mãe preta
Com suas divinas tetas
Sob a saia do viaduto
Da Santa Efigênia
As barbas de São Bento
Pulando a parte dos salmos
Carma de uma sina
Sempre há algo a confessar
Bem ali onde outrora
Havia as aguas do rancor
E a lei do mais forte
Era córrego do Anhangaba
Seu entorno havia um brejo
De condenados e degolados
E hoje passa procissão
Licença da poesia
Para nossa sorte
Das Aguas de São Paulo
É um novo reduto
De deslogados e descolados
Até aqueles da quebrada
Outros a caminho da balada
Não importa que seja
Muito menos qual idade
Pede para sentar
Contempla espuma da breja
Para tensão passe um trote
esquecemos até o amanha
na ressaca a senha
no segredo alegria
Perde-se o só sustenido
do pobre cavaquinho
fica com a corda violada
Por um Indiano Made in China
A opera da diversidade
Outros perdem o sentido
do acertado e a via crucie
Esbornia da existência
e suas paixões passageiras
Mas isso não é nada
Senta à mesa e pega um copo
Brindemos a inconstância
da poética da cidade
Pandeiro remelexo da menina
Deixe-as requebrar as cadeiras
Preciso contar um troço
Na conta caiu nada
E outras tantas paradas
Tiradas do fundo do baú
Coisas daqui de dentro
Surge como rio que invade
nem sempre verdadeiras
outras tantas corriqueiras
reveladas bem no centro
no vale do Anhangabaú


SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

CONFLITO E SEU PLAGIO


CONFLITO E SEU PLAGIO

eu me declaro
nem sempre é o que encaro
nem sempre é para sempre
e o barato sai caro

olha que não reparo
quando me deparo
quando saio de bando
se é distante ou atalho

se tenho um ato falho
comigo eu ralho
comigo eu intrigo
se não entro não saio

não há quebra galho
se é assunto que malho
se é assunto profundo
para não passar de otário

diverso nesse balaio
improviso não ensaio
improviso preciso
recrio meu declaro


meu presente embaralho
misturado do baralho
misturado quando junto
a gloria e o calvário


aos conflitos torno grato
Hora sou gato outro rato
Hora entorna o caldo
Viver é loucuras de fatos

Prazeres alados
A noite atardo  
A noite amanhece
Num saboreio amado

SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ


sábado, 7 de fevereiro de 2015

PROVER PARA CRER

PROVER PARA CRER

Vibre qual outrora
Amanhece gloria
Como cocegas
Que assanha poros
Sorriso recorre
Em suas estâncias
Escorre até romper
Toda paranoia

Faz sentido a saudade
Mesmo que não suporte
Comece a se ler
Gestos e plexos
Sentir para crer
Tópicos abundancias
Nas páginas da luz
Brilho revela

Realizar não demora
Emoção a história
Com sina a capela
Compenetra os olhos
Justifica um porre
Musica das ânsias
A loucura que envolve
Nas ondas da esbornia

Grito de felicidade
A estrela norte
Intuição prevê
A vida valer
Sabedoria dos reflexos
A graça na andança
E tudo que produz
Como a magia da vela


O que era sonho aflora
Reativa a memória
E a vontade de sentinela
Como fogos
Guerreiro o promove
Em punho a lança
E a prova dos nove
Quando a face cora

SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ