ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

ODE AO COXINHA


ODE AO COXINHA
Oh insolente do descaso
Que por acaso
A bandeira de sua gente
Não há povo que represente
Com retoques de seu blush
Prepara as crianças
Para pelegos contra os justos
Os seres com suores do Rush
Afronta-os com seus paus de self
Já o clima ardente
Proteção cinquenta
Para ruas quentes
Mas como militantes prudentes
Esta na bagagem de griffe
A produção do ativista
Que a companheira baba Maria
Com Água  Levissé Maça
Responde pela hidratação dos babys
Levam mauricinhos e seus apitos
Em defesa da sonegação familiar
Playboys da guerrilha elitista
Ataca Chico no Leblon
Com sua boçalidade vã
Seu racismo da o tom
E desperta saudade
Dos bons tempos das sacadas
Repletas de canapés
Recheadas com ironias
De bom costume burguês
Ignorados com o tempo
Desceram ao passeio
Não esperavam que nesse meio
São ignorados com seu neon
Persistem os idealistas
Com suas Franquias do retrocesso
Socialite com sua onda conservadora
Afoga numa realidade que não dá pé
Souvenir da alma pelega
Flutua em balões infláveis
Antítese de quem peleja 

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

INSOLÊNCIA LACAIA

INSOLÊNCIA LACAIA

Estigma e o paradoxo
Essa marca que me fere
O caroço que engasga
E o leva ao ralo
Por isso que eu falo
Metam-se  com a competência
Que lhes afere
Porque proselitismo que rasga
Na condução de marionetes
Abala o espetáculo

São nódulos desse troço
Que me fazem fera
Uma fúria que embarga
O cinismo desse baralho
Que inventam  atalhos
Com  suas Incongruências
Somos diversos
Em meios aos perversos
Que desacata gente
Com valor que fede

Essa moral com asma
Usurpa a lebre
E faz da ética. Gato
É a gestão salafrário
Desaforo canalha
Com coral de insolências 
No caos as  evidencias
Insulto e seu verso
Dendê me entrega quente
Assim combato essa febre
  
Embuste com fogo
Romântico que era
Acende a brasa
Segue o rosário
De tudo quanto valho
Não me levo pelas aparências
Quando decifro gestos
E as previsíveis abas
Intuição difere
Abraços de tentáculos.

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO  803.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

MEMORIAL INSANO



MEMORIAL INSANO

Mãos minhas que passam
Fazem do corpo tablado
O suor regado pelo desejo gostoso.
Da as  palmas titulo de  barco
Que navega namorando
Em você, riacho.
 Que aparece a mente
O panorama imaginado
Cada suspira um cenário
E seus desejos transpirados
Pelas volúpias desse te quero
E a fricção com suas ventas
Ofegante e desejosa
Respiro por ti e por mim
Por isso desafio o fôlego
Flashs daquele gozo
Que só você deu
Assim que dança cá dentro
E a couraça rebenta
Todo enfeitiçado
Todo desejado
Todo desejoso
Um tesão de glossário
Personaliza cada instante
Cada momento seu verso
Arrepia-me como vento
Bronzeado no dendê
Se há desejo sagrado
Diria esse
Que navega arquétipos
Puros e profanos
Sem rumo sem calendário
Desse memorial insano

SÉRGIO CUMINO -

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

PAIXÃO E SEUS RAIOS



 PAIXÃO E SEUS RAIOS

Arrepia a pele
O sono afasta.
Enlouquece o salutar
E o que importa a verdade
Faz-se dos complexos medonhos
É um sacode a poeira
Para viver o melhor de sua sina
Revolução da fênix com Jaz

Nessa  insônia que te pede
Respira e de um basta
Porque há de embarcar
Inibindo até a vaidade
Na noite que não é mais dono
Nem dos sonhos dessa ribeira
Que lhe banha assim como atiça
É o tudo dentro do Nada

Uma coisa que ferve
Um querer que  cata
Faz io-io com o ar
Ao reconstruir os rombos
Abertos em nossa passagem
Aquecido pelo fogo
Revê uma existência inteira
Que avariam sua estima
Ilumina tudo que é capaz

E que por ela intercede
E chega como  tapa
Que leva a rebolar
No melhor do que somos
Nessa idônea vadiagem
Liberta-se do engodo
Nessa vida derradeira
Desperta o que fascina
Amortecido fugaz
 
Assim interfere
A sensualidade vinga
Abatido de tempos atrás
Pelo estigma que te fere
Respira o novo
Que abranda a soleira
E ter o vale de cima
E a diferença que faz

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

terça-feira, 24 de novembro de 2015

VENTO ME SOPRA



  
VENTO ME SOPRA

Vento atrevido e úmido
Mete-se pela janela,
Faz da cortina, barbatana.
Corta o ar interno
E as linhas da  palma
Transpira na da vida
Penetra seu cortejo
Reflete   em mim
Traduz a sensação
E seus mantras

Vento que trás indultos
A  liberdade que revela
Leque de delicias insanas
 a espíritos ternos
Que abranda a alma
Querer como fisiologia
Esse grito mudo no silencio
Um sonho do não ao sim
Em ondas que não faz questão
O coração canta

Vento e seus mistérios
Sopra. intensa a vela
Envolve-me num transe
Um vôo pelo universo
Profunda leitura dos traumas
E suas aptidões as magias
Ao arquétipo intenso
Num mergulho sem fim
Traz a mão
O que universo manda


Vento que levanta pelos
Confirma o amor que sela
E toda felicidade que banhe
Como a evolução de cada verso
Acalenta-se a flora e fauna
O destino e suas vias
Senti-la por inteiro
Preenche a solidão
E tudo que ela demanda

SERGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

ARENAS NOTURNAS



ARENAS NOTURNAS

Quantos pares
Trilhas de sonhos
Cada qual num enredo
Penetra a cor rosa
de dentro do chá
Protegido pelas asas
Passam pelo vale
Sua luz que colore a face
Quantos ares
Cambaleantes Obtusos
E tudo quanto estanhos
E de quanto me atrevo
Junto ao show de néon
Que celebra o outubro
Marcante como o colarinho
De Ramos de Azevedo
Pomposo como uma ribalta
Onde seus pares noturnos
 Contam a pratas
Para chá do pote
Rateio da parangá
É a parada de volta

A banca a toda prosa
A gravata plastron
Ilha dos “parças”
Com devaneios da brisa
Assembleia anárquica
Um assim para cada percebo
Ilustrando a praça
Salda-se a arena de Sófocles
Pelos complexos de Édipo
Aos manos de Barbas
A festa das bruxas
Como redemoinho
Circula sentido horário
A graça e a brasa
Qual pilhéria no anel
É o mistério do painel?
Que a cada retoque
Da-se um novo dito
Independe do plano
Sem pele sem luva
O espírito de Anhangá
Na parede do prédio
Melodrama da viagem
E as lendas sentidas
 O mito que se apresenta
Misturado com larica
Dá-se o choque térmico
E a brisa vira milícia
No enquadro da história
Fica parado não se mexe
Imposição de policia
O que carregam nas mãos?
É a merenda Soldado
Biscoito, recheado
E as Loucuras desse vale
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

domingo, 1 de novembro de 2015

ALVORADA DOMINICAL



ALVORADA DOMINICAL

Manha e a chuva que cai
e cinematográfica brisa úmida,
Adentra ao quarto
A luz do céu nublado
Acalenta o espírito
Abraça o sonho
Da um sentido a preguiça
E toda vontade da cama

Escutar a água que cai
Nessa manha de domingo
Conduz pensamento
Assim como as vontades
Os brotos de primavera
Fluem como o som
Que celebra a todo gosto
Amanhecer do  cio

Aguça o meu quero mais
Um ritual das possibilidades
Acasala ao sentimento
Do desejo fervendo
Delírios e  viagens
Um vem para cá
Que aqui esta
Aqui a sinto

Seja qual for o cais
E onde estiver sussurrará
Melhor da minha poesia
Que amor é o clímax
A conquista escalada
Assim meus desejos
Sobem pelo corpo
 A comem pouco a pouco

E alem do mais
É desejosa e amada
Como uma loba, uivará
Uma gata, arranhará
Disfarçadamente sua roupa
Quando sentir sua saliva
Descendo por suas partes
Lábio seca e o suspiro molha

Tudo isso não é demais
Não esta louca
Barra vento de desejos
A mente tem lampejos
Onde estiver sente aperto
Chego a ti de algum jeito
A um estreito incerto
Sentira o meu anseio

Como um abraço por trás
Como que perto e inteiro
Com todo meu fogo
Você a mim abrasa
Recolho-me a cama
Encolho-me ao lençol
Para lhe dar um cheiro
Nos sonhos da manha

SERGIO CUMINO –

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

INGLÓRIOS no EMPÓRIO



 INGLÓRIOS no EMPÓRIO
 A porta da mercearia
Aberta a quem carece
Há um homem necessitado
E com Inquietas pernas
Revelava o desconforto
Seu odor em confronto
Com cereais dos caixotes
Enquanto os tipos em bateria
Compulsivamente replicava
Havia constrangidos a abrir bolsa
E ele entregue a toda sorte
Olhares dissimulam
No compasso inquieto a porta
Pendulo de um  coiote
Aquecendo para o bote
Quem será que atacará?
Pensamentos fazem apostas
Uma carteira se abre,
Será que é essa?
Como rolinha indefesa
Na balança pesava calabresa
Ao invés de pratas será o pacote?
Ele deve estar com fome
Um da fila há de ser seu consolo
Alguns estômagos formam bolo
Velha de blusa rosa boa presa
Apostas! O  troco  terá seu destino
Absurdo! Ninguém tomará providencias?
Exala medo pequeno burguês
Ali há de ter o premiado
Por aquele ser embriagado
De destilado sem história
Sem escoria, cuja escola.
É a miséria paulistana
E seu fruto
Da barbárie insana
Estuda seu furto
Pode ser a terceira da fila
Ou a mulher do chinês
Eu ou meu vizinho
Qual de nós o saque é a sina
O Inesperado, um abençoado.
Tomou a frente
Pede ao atendente
Que libere o mancebo
Dos olhares malvados
Que o servisse a aguardente
Que minutos atrás
Prometera ao indigente;
Ameniza o ser do frio
E a Lei da causa e efeito
Do enfileirado preconceito
Ala de almas funestas
Perderam senso de respeito
E o livra dos ares sombrios
Da pavorosa moral honesta

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

AMARRAS a...O TEMPO



 

AMARRAS a...O TEMPO

Quero que passe o dia
O minuto não quer passar
É profundo esse esperar
Falta ao meu instinto
A  paciência da brisa
Esperar de o ciclo findar
Vagueia a cabeça
 Sinto-me branco quadro
A mente não traz nada
E impede hora acabar
E o nada custa a deixar
Não é que esteja vazia
Mas vácuo de saídas esta
 O lamento, não quer passar.
A carência esta a se vingar
Nessa tela de impossibilidades
O absurdo é possível
É quando o ponto riscado
É o lastimo traço
Divide de um lado a outro
 Uma busca do abstrato
Como a cabeça pirada
Diante quadro esfumaçado
Identifica sobra da muralha
Do abissal ressentimento
Queria horizonte do mar
É o amor é a cor
Contornos de vida
A rima providencial
Que evolui em suaves
Vontades que me invadem
Quando os olhos insinuantes
Pincelam seus quereres
E o nada agrega o tudo
Vejo uma lua navegante
Mas o dia não acaba
E a cabeça vazia
Inércia nos membros
Pesa de adversidades
Não ultrapassa a barreira
As opções colidem
Como cabeça com tijolo
É o poder da palavra
Grande pelo conflito
Gera cegueira do cérebro
Não vê a oportunidade
Sonho de viver navegar

Sérgio Cumino – Observatório 803

sábado, 29 de agosto de 2015

PEDAÇO DE MAU CAMINHO




 PEDAÇO DE MAU CAMINHO

O acesso que te peço

São os que levam a vida

Deu-lhe e os fechou

De mazelas escondidas

Nos olhares dissimulados

De duvidosa  intenção

Fingir no coração

Ações providas

Que deixa esperando

O que seria fluxo

Retém o impulso

De querer chegar lá

Torna nado contra maré

Enaltece o obstáculo

Celebra os afogados

Entristecendo o desejo

Passos da irrelevância

Sem pé ante pé

Quem não sabe como é

Faz da indiferença instrumento

Transforma  Vielas do medo

Em becos sem saídas

Quando respeito é possível

Vê-se totalmente sem jeito

Descaso ferramenta do pleito

Querer passar e não poder

A desesperança sofrida

Com jubilo amargo canta

Há um descaso no meu caminho

No meu caminho há um descaso

Acessível não é possível

È Cadeirante errante

Que clama cidade justa

Parece ficar com a culpa.

De não poder subir

A rampa do planalto

Confinado ao atoleiro

Do buraco no asfalto

Seu direito prosaico

É lei não cumprida



SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

domingo, 26 de julho de 2015

Autos sem fé

 Autos sem fé
Como seria olhar de  Sade
Nesse cenário que não se sabe
O que pode acontecer
Onde o fluxo perjúrio
Dar início de como ser
Uma violência sem ciência
Onde o fato é consumado
De corpo presente
E o transeunte defumado
Pela pedra do seu destino
Trafega de brilho ausente
Sua doença é uma iminência
Misturado ao povo
Num ritmo atordoado
O principio é precário
Caminho da roça é trafego
Se encontrados nesse percalço
A volta a Deus pertence
Sorriso tranqüilo fica acuado
Atendo apreço de sentimento
Faz da  janela meu calvário
Meu olhar a reflexão
E na esquina ali à frente
A intimidade descartada
Do povo do entorno
Nos detritos esparramados
É a estética do descaso
Do outro lado há  prostitutas
Fato não ser vitrine adequada
As bordas da boca do lixo
E se come pela beirada
É um beco central
Uma escória de vanguarda
Intercâmbios e seu Sinistro
E na noite de neblina
Vagueiam vampiros
Em meio às zoadas
Esvoaçam sujas pelejas
Não sabe se são
Gente ou possuídos
Zumbis vivos
Em delírios dos noiados
Cuja perspectiva
Umbral desativado
SERGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO

sexta-feira, 17 de julho de 2015

SOMBRA E O NÉON

 SOMBRA E O NÉON

 Seja  com glamour da doação
Ou heroico sacrifício
Em nome do amor
Que se concebido
Vereda de uma via
Por mais que se faça
Ultimo ato que lança
Que considera máxima
Prestígio será do outro

Não tem indiferença
Nem que ache tão pouco
Sua ação amorosa
Egoísmo de pura prosa
Estigma do gesto atroa
Porque o que detona
Após sua pelica bélica
Você sopra o imediato morde
Para que a coação não vença

O preservara na masmorra
De sua prioridade
 Sem alforria nem resgate
E tudo que aponta sonho
Culmina em seu opor
Clímax que expressa o gosto
O que depende de troca
Não retorna a aderência  
Essa querência cega

É a tranca de  toda porta
As mãos que a sacode
E os louros desse fel
Germinam na historia sem fim
É a parte que te cabe
O que não é espelho
Consterna o lamento
Protesto; a injuria e estima.
Por mais que se estilhace

Com medo e suas bandeiras
O seu inferno é o outro
Por essa virose existencial
Redoma das maravilhas sua sina
A circunstâncias, abundâncias.
O gênero e grau de importância
E todas as nuances
Frequentam a mesma festa
A qual você dançou
SERGIO CUMINO – O VARAL DO MEU QUINTAL