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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

CA DENTRO REBENTO



CA DENTRO REBENTO

Quanto diz calado
Hora houve outro afago
0s rubores carmins
Pinguela que cruza ausências
Navegue no sinuoso rio
Segue em passos tensos
Guerreiro contra alma negativa
Cenóide grita nos sonhos
Tira-me a calma
Nas nuances do pavor
Seja onde for
Será meu duplo
Sombra do meu medo
E não fico conformado
Que reside dentro de mim

Sinaliza no paladar bastardo 
Aquele gosto amargo
Acautela que detona o estopim
Nos conformes reinventa
Provedor de todo cio
Condutor daquele beijo
Umedece o pistão da vida
A coragem de cada tombo
                       Relê a chaga de cada palma                          
Dando sentido a cada dor
E avarias do opor
Semente do seu culto
Ferida que coloca o dedo
Marcas do desejo alado
Estigma dentro de mim

E todo risco a cargo
Mendigo amarrotado
Esta maestria de Chaplin
Conquista e a carência
Sem um pio
Reverbera nos desejos
O eco de cada ida
Balanceia o que somos
Pelas facetas de cada drama
Aspectos e seu rumor
Não conseguir supor
Avesso ao saber do impulso
E vir o que não vejo
Vendo vendado
Enigma dentro de mim

SERGIOCUMINO – POETA DE AYRA 

Um comentário:

  1. Belo, demonstra as facetas de todos, enigmas ocultos mexem com imaginário de cada individuo. Leio e me comovo como adentram em meu ser e me faz vibrar.

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