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sexta-feira, 18 de julho de 2014

GUETO E SUAS MARCAS

GUETO E SUAS MARCAS

 
Gueto virou marca

E os estremos alegoria

Quem diria,

O diverso apresenta

O inverso

Do conflito da gente

A chaga vira mito

No inferno emergente

Há horas que não acredito

 

O Gueto virou massa

Sentindo o espirito

Passando a doente

Vivendo na linha do risco

Até a falta de ar

Branda um grito valente

E para ironia do destino

Com discurso do oponente

O medo é o palco do oprimido

Se reparar

 

O Gueto virou Caça

Esquecem a estética da fome

Subservientes da moral imperialista

Não há raciocínio logico

O corpo a cólera o consome

Reprogramado no disco rígido

Pelas bancadas racistas

E seus ícones homofóbicos

 

O gueto vai à praça

O que acho incrível

Que dela faz guetos

De improvisadas barracas

Quem diria

Uma ferida aberta

Do fantasma impresumível

 

SÉRGIO CUMINO – O POETA DE AYRÁ

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