NAMORO
DE CÂMARA
Musica
que canta ao colo
Toda
emoção
Que
escorre pela melodia
O
toque coreografado
Dos
pelos assanhados
Elegantes
e eretos
Loucos
e melados
Safados
e discretos
Somos
um espetáculo solo
Saltitante,
os graus se vão.
Aquecidos
pela subida
E os
lábios sempre sinceros
Em
sua entrega pura
Hora
somem com a saliva
Horas
molham com tesão
Os
botões saltam das casas
Fechos
abrem suas portas
E os
batimentos de boleros
Na
Opera da vida é Diva
Faz a
flor sorrir para Lua
Com
calores em conexão
São ondas
de cada foro
Nas
frequências de estar
Ritmados
pelas mãos dadas
Percussionista
minimalista
Regida
pela felicidade
Sobre
a pele lisa e nua
Faz
das senoidais notas
Por
mais que insista
Não
deixamos o tempo passar
Enquanto
improviso cria asas
A
vontade sagrada
Faz o
amor ritualista
Na
evolução do jazz
Dedos
desenham partituras
E os
arrepios indicam a rota
As arquibancadas,
matas.
Para
o amor de câmara
SERGIO
CUMINO