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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

CELULAS VIDENTES DE CORPOS ARDENTES

CELULAS VIDENTES DE CORPOS ARDENTES
Fascínio pela boca vem do beijo dos olhos
O que recordo me recorta em partes plenas
O sentir torna suspiro do discurso do querer
O louco trovador alicia a ternura do apego
Coreografa o convite a dança do dorso
Assim como o vento mistura os cabelos
Oriundos dos suspiros sensuais de Oyá
Os dedos acendem lampejos e alvoroços
O lábio desenha cada canto de minha preta
Acalenta o jeito meigo que a caricia acena
Seca sua textura aguça a sede de lhe beber
Como aguas sagradas quem vem a banhar
Arrepios umedecidos a reveria da saliva
Bocas que misturam o pensar onde for
As pernas se envolvem e fazem elos
Corpo se faz cumplice à esperança ativa
As imagens aventuram nossas mentes
Fazem-nos devotos a deusa do amor
As palavras que unem o com a paixão
Semelhança entre sua graça e a flor
Dá sabor às nuances da saudade
Ritmado as ilusões do coração
E os arrepios causados pela beldade
É a espiritualidade das células videntes
Sussurram a sua pele nossa canção
Leva-me ao transe do não sei quem sou
Volição faz poesia ao roçar os dentes
E a entrega diz – me leva que eu vou.  
SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ

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