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sábado, 30 de junho de 2012

MARESIA DOS OLHOS

MARESIA DOS OLHOS

Que de encantos singulares
Que fascinam e vislumbram
Que me deixa atrevido
Burlo regras do meu ser tímido
Faz do vinho rio da taça
Rito do amor que laça
Entre insanos delírios
e as palavras banham-se
Na pureza de seu mel
Escritas flutuam garrafas
Com mensagens de amor
Em rimas de cordel
 Escoltada pelas maresias
E junto aos versos navegantes
A foto que me incendeia
Com a graça da magia
Com estrela do céu
Ilustra meus sonhos em lua cheia
Esse calor que queima
Desse cavaleiro errante
E insiste valer a teima
De que tudo é sonho
Que passa que vagueia
E as lagrimas anárquicas
Que saem subversivas
Com a bandeira da emoção
Porque a vida torna um conto
Que a fada sempre sonhou
O gosto de ser encantada
Em letras amantes cantadas
E as pernas moles de assanho
Aquela que te acorda do sono
Criam lagrimas incandescentes
Alma que chuvisca felicidade
Torna o novo corpo estranho
Como a brisa do seu mar
Serenamente a lua pergunta
O porquê chora?
Não é choro, é o espirito.
Que sorri escandalosamente!
E deixa as juntas moles
E as células pedintes
E ainda não brindou aquele drink
Golpeia instintos ao sabor do luar
Eu a quero molhada
Na imensidão do navegar
É delicia de mergulhar
Nas profundezas do amar

SÉRGIO CUMINO

sexta-feira, 29 de junho de 2012

EU SEI QUE VOCE SABE

EU SEI QUE VOCE SABE

Sabe aquele beijo do sonho
Foi o medo que não deixou
Que impede de crescer
Que embrulhou com laços
Liberdade não tem tamanho

Sabe o sexo do descaso
Maltratou a alma e o calor
Joga a chance de se ter
Deixa o ventre sem espaço
O sorriso da libido em atraso

Sabe aquele carinho negado
Que seu critério não deixou
Ignorou seu querer
Mau conselho da vaidade
Nasceu ruim seu legado

Sabe sua fé cega declarada
Chagas na vitrine para expor
Precisa crer para ver
Toda benção de quem sabe
É da visão de uma vida amada

Sabe aquele que te invejou
Insegurança firme e brada
Perde a chance de reler
Enverniza-te entre grades
Foi sua couraça que criou

Sabe o que torna tarde
Entrar na cova que cavou
E sem conhecer
O limite te enfraquece
Perde seu embarque

Sabe aquela ideia que não teve
E que sempre ignorou
Sentir em seu perceber.
La estava sua verdade
O nó firme de sua rede

Sabe a depressão passada
São sentidos em protesto  
Jeito de não esquecer
Que sua conexão se rompeu
Outros são infernos e muralhas

Sabe o amor que perdeu
O mandado pelo cupido
Deixou o anseio padecer
E sua essência travada
Ao que universo ofereceu

Sabe a face sem rubor
Que sua tribo abafou
Impede de o fogo ascender
E olhar mostra cansaço
Da alma sobre signo do pavor

Sabe a batalha que entregou
Não viveu a beleza da ação
E nunca perecer
Por conta do realista rogado.
Galeria de derrotas acumulou.

Sabe que você sempre rogou
Não foi ouvida a percepção  
Para o espirito não atender
Tornando o enforcado
Dos arquétipos do Tarô.

Sabe que você que sempre sabe
Caminhou sem noção
E Barrou seu saber
Principio moral ofuscado
Fere com seu próprio sabre

SERGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

terça-feira, 26 de junho de 2012

ECO sem LOGIA não há MAGIA

ECO sem LOGIA não há MAGIA

O sentimento da pertinência
Da distinta disritmia moral
Que cerceia na ribeira
Como a queimada da sua essência
E o medo é o cadeado
Fecha os elos da subserviência
No rasteiro da uniformidade
Desmate todas as cabeças
Em nome do que é certo é certo
Seja agora ou mais tarde
Por vezes leva uma vida inteira
De distúrbio social
Ao olhar do padre
Tem outra razão de ser
Da cartilha do outro abade
O efeito estufa vem de dentro
Em prol do câncer capital
E as sequelas em efeito cadeia
Anunciadas em rede nacional
Marcadas em código de barras
 Protocoladas pela moda serial
Faz filhos de uma mesma tensão
E as poucas plataformas da existência
Num rompante de criatividade
Que nos cria toda referencia
Como um auto plano de manejo
Contrapondo a sina sem tesão
Descobre-se o enredo da causa efeito
Quando as lobas assumem a indecência
Revoluciona o pecado com os dedos
Encanto da fratura singular
Restauro da práxis humana
Toda referencia canibal
Não ser fantoche do mesmo pelotão
Sem cabeça e sem razão
Nesse tablado da vida reinventa
Corpo e o ser em comunhão
Interage com os infernos e mistérios
É o veleiro e o capitão da barca
Na subjetividade da emoção
E toda esperança que te vaza
Vislumbra a luz atravessando a sombra
O sistema não é emblema
Faz perder-se em si pela devoção
O que vive com a alma não se cobra
Para que criar peso nas asas?
Se posta ao proscênio
Libere o olhar da fascinação
Com foco a pino
Há todo cogite da ação
Entre o conflito e o caminho
SÉRGIO CUMINO - POETA E SEU QUINTAL


quarta-feira, 20 de junho de 2012

BANHO QUENTE

BANHO QUENTE

VAI DEMORAR?
A voz entra num sonho
Pelas aromáticas brumas,
Na umidade do vapor
Como uma nota ao fundo
E em meio tantas graças musicais
Um respiro do realejo
Na liberdade do pudor
Atento a aquela nota
E volta do passeio da mente
Surge a resposta

JÁ VOU!
Vou para onde?
Em meio a tantas imagens sensuais
Pensamento indaga
Volta ao sonho,
Que se despe para um caminho dourado
Vai até onde o inimaginável estiver
A idade de ouro
Como Quixote que afaga
A alma do espirito
Espuma do banho.

CHOVE LA FORA
A chuva anunciando o inverno
E com o corpo livre
Aquela voz real virou cenário
Indo onde o cosmo quiser
Amar não tem calibre
Vai além da constelação de Touro
Na poesia do eterno
Nos arcanjos de baralho mouro
Nosso amor alado
Aquela voz real virou imaginário

(AGORA BATEM)
Essa percussão minimalista
De pouca rítmica
Mas muita emoção
Torna uma sinfonia
Das três batidas
Como do amor bufão
O Moliere de cada dia
A pausa dramática
De um momento intenso
E um tesão intimista

VAPOR DAS AGUAS
À vontade atiço
E tudo que inspirou
A lingerie de rendas
E aquela que tirou
O desenho no  espelho
E  a respiração intensa
Enxágue e o feitiço
Apaixonado apurou
Esse sentir deliciado
Com querer Castiço

MORREU AÍ DENTRO?
Sim mortes maldosas
Sabe da minha morte?
Ficou explicito
Que algo expirou
Outro lado de mim sabe
Vivencio novo gosto
Aberto a toda sorte
Como sorriso de menina
Cheio de inocência atrevida
Maturidade gulosa


SERGIO CUMINO

domingo, 17 de junho de 2012

AGUAS AMADAS

AGUAS AMADAS
Aguas sagradas que me rendo
Que sacia meus desejos
Que lava meu espirito
E renova que aspiro
E cozinha o alimento
Imergir em si
Entregar-me ao útero
Sob as ondas que levam
A filosofia de um bem querer
Leva-me imergir a e sorver
Sua essência umedecida
E a pedra que sou
Ferve com fogo que dou
Sobre a cabeceira do sol
É a bela é a estrela
E o palco do horizonte
Que avisto,
Espelho da lua
Que a envaidece
Entrando pelas maresias
Navegar eu vou
Onde suas corredeiras
Quiserem me levar
Dama de muitas marés
Como saias rendadas
De sua dança sensual
Mítica e faceira
Feminina e nua
Quando salgada
Livra-me do mal olhado
Quando doce me faz
Homem amado
Dentro do amor ritual
E quando enviada do céu
Cai cadenciando a alma
Suaviza o pensamento
Descubro-me acanhado
A beleza daquele beijo
Rega o meu sonho
Para florescer
Acima das carências
O jardim de possibilidades
Ramos de sentimentos
Amanha melhor que ontem
Sobre a cor do desejo
Deixa-me nu
 Em sua Transparência,
Origem de tudo
E minha razão de ser
Beber de sua fonte
O sagrado de ser MULHER

SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!




SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!
Ser a essência que compõe encantos
Ser o motivo do movimento
Ser a fragrância daquele banho
Ser a subversão adultera a razão
Ser a chave dourada de oxum
Ser ruptura dos paradigmas
Ser o aconchego do sagrado manto
Ser a carta que marca pensamentos
Ser o santo que agracia demônios
Ser a paixão que da asa a ação
Ser a inspiração além do lugar comum
Ser a cor das novas insígnias
Ser a melodia do seu canto
Ser a causa que relativa o tempo
Ser o calor dos feromônios
Ser novos rumos desenhados na mão
Ser a soma que nos torna um
Ser a alegria de suas meninas
Ser a ousadia daquele avanço
Ser o carinho entregue pelo vento
Ser a poesia que invade sonhos
Ser o sim de tantos não
Ser partitura da valsa Danúbio azul
Ser o ensejo de todas Traquinas
Ser respiro da alma que acalanto
Ser o atrevido que excita seu jeito
Ser o vestido do seu tamanho.
Ser as labaredas de todo tesão
Ser o arrepio de norte a sul
Ser a prece que a faz divina.
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ