ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

terça-feira, 29 de maio de 2012

INSTRUMENTO QUE ME TOCA


INSTRUMENTO QUE ME TOCA
Dedilhada num sinfônico mimo
Seu melindre tema de meus devaneios
Sensual como guitarra espanhola
Quando saltitante seus compassos
Sem rompantes forma-se o laço
Toca o tambor no percurso do abraço
Num duelo do tesão e o violoncelo
Do jeito que abusa ser bela
Desconcerto o concerto de câmara
Sobre a partitura do nosso elo
Já me faz, trovador.
A banda do seu coreto
Jazz improvisa com calor
Aconchega a clama, te ama,
Cantiga dissera quanto é bela
Quando cantas o silencio
Seus sussurros aguçam prelúdios
Dedos formam o coral a capela
Assina partitura dos gemidos
Melódicas notas a compor
Com acordes em sua flora
Forma-se o sarau dos desejos
Abocanha minha flauta doce
Andamento de arranjos dengosos.
Junto com inflar da sanfona
Fetiches que sou cúmplice
Protagonista de sua opera
O passado deixa LÁ
Olhar em fá sustenido
Sua musica meu sol
Enamorado, do colo quente.
Que toca sua malícia
E toda composição da Dama
Quando abraço a sua viola
Mesmo com os códigos
E todos os sensos
Frase que grita,
 Como bateria de escola de samba
E a magia minimalista
Com você quero fazer amor
À noite, com o pio da coruja.
Serenata de nosso dueto
No ritmo do peito
Rimaremos com repentes
Cúmplices dos nossos toques
No triângulo e no seu céu
É a alvorada que nos acorda
Com acordes desnudos
Cantamos outros mundos
Com a melodia do seu mel
SÉRGIO CUMINO

segunda-feira, 28 de maio de 2012

TERREIROS URBANOS


TERREIROS URBANOS
A cidade nos fez educados
Com cabresto moral
Alçado da pessoa de bem
Intolerância rege seu legado
Põe orgasmo a função do Estado
Mesmo que não sinta o aroma
Provamos o gosto amargo
Não poder simplesmente ser
Hoje ainda somos guiados
Dobados, atados, deletados.
Educação é alfaiataria
Saúde mercadoria
Passados de fina goma
Sob o vinco reto
Da simetria fascista
Rejeitam a cidadania
Tornamo-nos, tornados.
Peixe caído na rede

liberdade a revista
Com cabos conexão system
Resultado de varias somas
Descobre-se objeto
Oriundo do download
Por mais que resista
Personalizam-te a virose
Burguesa esclerose
Como destaque da vitrine
 De uma engrenagem adversa
E todo certificado de insulto
De passos determinados
Libertar-se que te resta
Já é sujeito excluso
Pois prenderam seu juízo
Faz-se a chave do oculto
Sorte quando vácuo
É o caos que propicia criação
Andar pela trilha das descobertas
Descubra horizonte que avista
Superando arranhões
Dos espinhos da neurose
Pensamentos sepulcros
A alma do artista
Que vagueia em seus sonhos
Antidoto da dignidade Ereta
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

domingo, 27 de maio de 2012

ENVOLVE-ME PURA, CUBRO-TE NUA,

ENVOLVE-ME PURA, CUBRO-TE NUA,
 Chega-me como banho
Lava minhas tristezas
Esfrega minhas magoas
Tira o pó dos meus sonhos
Despede-se do antigo Eu
Com musica quântica
Aprendo com as tréguas
E a beleza das acácias
Chega- me gulosa
E iogurte em sua face
Mel de sua fruta
Seu banho minha cena
Minha preta, minha branca
Minha fada, minha fêmea
Deleite de nossa lambança
e todos gozos seus
Mimo que a pele gosta
na alegria de suas mamas
Chega-me cumplice
de mãos trocadas melam-se
Dadas sobre mirante
Graça se descobre graciosa
amor com gosto de criança
Chega-me como vestimenta
Um manto de sua querência
Transforma-me a todo instante
Gente se despe se mostra,
 Entrega-se, se doa se toca.
Abraça meus sentidos
Colar das partes esquenta
Nas conchas da madrugada
E toda poética do atrevido
Bajuladas carências
Em descobertas caminhantes
Um mundo novo se reflete
Pelo brilho felino do olhar
Divisor de anágua
Deixa à nua
Ao beijo alucinante
faz sua feminilidade
O encanto da sua lua
Amor seduzido como o mar
Nada mais nos impede
Nossos desejos em orbita
Nus, nos vestimos um do outro.
Criamos nosso jeito de amar
Sensibilidade que nos compete
As diferenças que nos excita
e as semelhanças tanto gosto
ficamos a janela esperar
E o excitação nosso satélite
Para a estrela que indica
Vestido de você. Envolve-me!
Com toda arte de acarinhar
Tornamos singular espécime
Cheios de referencias magicas
Desenhadas trilhas de amar
Ilustradas com erótico fio
Nas nuances de seu corpo.

SÉRGIO CUMINO

quinta-feira, 24 de maio de 2012

SALTITAR DOS SENTIDOS

SALTITAR DOS SENTIDOS
Pensamento se personaliza
As imagens se movimentam
Calores se umidificam
O vagar vira poesia
Zerar meditação
Pensar o que não se atrevia
A intuição agora orienta
O realista não realiza
Muito menos vivencia
Silencio espiritualiza
Quando ha meia luz,
Orquestra gemidos
E no vislumbre sorriso
Sua fêmea incandescência
Deixa a mente na brisa
E a pele em outra dimensão
Conduz-me a Sua essência
As palavras saltitam
Como pipocas
No preludio do deguste
Desconexos sentidos
Eloquência da emoção
Que explicam o olhar vago
Seja onde for contemplação
O sorriso parado
Na sala de espera
A prova que não corrige
O anseio atrevido
Querência sincera
Na soleira do armário
Que escolhe o fio
Que reflete no espelho
Seu desejo em retrato
Rogar pela felicidade
Será a ponte do sonho
Oração contida
A lançar-se atrevida
Celebrar o cio
Com a cor das rendas
Lábios de beldade
A subversão do amor
Parece um sinal
Parece mensagem
De suprir o que carece
Fluidos que invadem
Detalhes que arremetem
O que o cosmo conspira
As ondas cintilantes
Para que os corpos amantes
Respirem pulsantes
Ao que o outro se inspira.
SÉRGIO CUMINO

terça-feira, 22 de maio de 2012

CRÈME DE LA CRÈME

CRÈME DE LA CRÈME
As gotas da pele molhada
Escorrem como orvalho
E passeiam sobre colo
Como a folha na alvorada
Escorregam pelo ventre
Umedece suas matas
Junto à fonte sagrada
Desejo é o atalho
Mamilos ouriços
Preludio dos sonhos
Despede-se da toalha
E seu corpo falante
Que orquestra sentidos
Dos devaneios secretos
Rebela contra os vícios
Pela sensualidade errante
Rege sutis gemidos
Vindos da gruta melada
Contorcionismos discretos
E surgem todos os indícios
Temperado pelo hidratante
Mão modela sentidos
As palavras na entrada
Mamilos acenam eretos
Que vagueia suplicio
Que a beldade avance
Em ser felina amada
SERGIO CUMINO

sábado, 19 de maio de 2012

DELÍRIO de SER LÍRIO


DELÍRIO de SER LÍRIO
Um cosmo de feminilidade
Jardim e fertilidade
Rosas, hortênsias
E sedutora Melissa
Afrodisíaca verbena
Um êxtase que espalha
Um vale de essências
Lagoa de dentro
O encanto de Yara
Sensualidade do rio
Que envolve sua sina
Em seu corpo que me acena
E tudo que em você me atiça
Que da magia
 as minhas querências
Que da vontade de realmente
Que excita o delírio
Corpos melados a preguiça
E de, Quando menos esperar.
Passos da dengosa
No susto da expectativa
Chega desejosa
Graça, Lindamar
Sob a dança dos ventos
A magia e suas frequências
De alma fogosa
E o carinho que sente
Ao sorrir com olhar
O sentido da vida
 Serei amante e bento
Construindo intimidade
E choques de calor quente
Busca o de dentro
Nada de aparências
Ou neurose Jocosa
O corpo não mente
E nem a forma que eu amo
Sou seu acalento
Da sua doçura e indecências
Aos saltos do meu falo
Como trovador eu declamo
A poesia de ser gostosa
SÉRGIO CUMINO

quinta-feira, 17 de maio de 2012

ORBITA do AMOR


      ORBITA do AMOR

 A estética não dorme

Vagueia
Por toda fome
Incendeia
E que te consome


E sua sutileza
Rodeia
Estuda sua presa
E ceia
Leoa se faz alteza

as mazelas do mundo

traiçoeiras
fé tem que andar junto
parceira
na unidade e no conjunto



Alma do meu querer

Faceira
É a Paixão de ser
Arteira
Que faz a vida valer.

O sagrado e o profano
Passeia
Por mitos e arcanos
Semeia
poesia e os planos

Assim construo caminho
Asseia
A qualidade do carinho
Porteira
Para crença do destino

E mergulha profundo

Sereia
Para que os corpos tornem uno
Candeia

meu desejo, em seu rumo

 SÉRGIO CUMINO