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domingo, 28 de outubro de 2012

SINE QUA NON

SINE QUA NON

Cobra-me o sustento da esperança
cobra, mas cobra gostoso, cobra com arte
não cobre só os beijos mas qualidade de sentir
com todo o marketing de sua sensualidade
cobra com sinuosidade encantada da cobra
e busquemos o sagrado da criança
sem requintes, brindes ou esforço
não é uma promoção é emoção
e invade aquela vontade de servir
ser seu colo, seu porto
e encantos é o que tem de sobra
e a beleza do profundo faz mergulhar
em si, no Olorum e  no outro
o frisson de escorregar no tobogã dos sentidos
da um medo, um friozinho e tesão
e a total entrega ao fluir
sem amarras, roupas, tudo solto
brandura do querer que se desdobra
se multiplica com a intensidade
E que não sabe explicar
e fica mole com o toque da mão
e toda sedução que não pode escapar
sua mais pura essência, é alarde
seus calores que querem namorar
vivenciamos a satisfação
damos sentido a vaidade
o movimento e a manobra
folhas sagradas tira o ruim
e seus carinhos me deixam assim
eu venço meu covarde
com pensamentos a variar
Quando for cobrar, já foi tarde
Porque já estamos a navegar
SÉRGIO CUMINO 

2 comentários:

  1. Ao ler esse poema, vontade de me deu de ter alguem pra amar, deixar fluir sensações e flutuar. Esquecer tudo e levitar nos braços da pessoas amada.

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  2. cada vez que leio suas poesias sinto como se eu pudesse viver cada uma delas, viver assim... em forma de poesia.

    com carinho, suzana souza

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