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sábado, 5 de maio de 2012

A MEDIDA DO POSSIVEL

A MEDIDA DO POSSIVEL
A posse  que atropela
O sentir dos gestos
Numa sede salgada
Saltam doces etapas
Tende a viver sem. 
 Sabor de ser amada
 e  amargas sequelas
de uma expressão fria
é o engodo da mascara
Aí num despertar de si.
Seja o que for
Franguinha,  gatinha
Gata, galinha
Loba ou leoa,
Faz mel virar fel,
Encaminha o mundo
Para o poço profundo
Lá onde não há amor,
O inferno de narciso
Que enraíza o egoísmo
E perde o valor da troca
Quer-se ouve a emoção pedir
O desejo do que é preciso
Para um passo mais ousado
Em busca da aura
Da fêmea harmônica
Encontro do homem amado
De acreditar no que foca
Seja no amor impossível
Ou no erro previsível
Risco do livre arbítrio
Que tempera o equilíbrio
Dessa vida irônica
Mas se atender os sentidos
A sensibilidade do olhar
Um toque a providenciar
Grande evento é estar lá
Trajeto de suas andanças
Crer é o que importa
Que tudo é possível ser
Que encontra sabedoria
na filosofia de  amar
Na trilha de sua serra
O mirante e as cirandas
Com todos os gestos que ri.
Verá o que eu vi
A Deusa que brilha bela.
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

4 comentários:

  1. Adorei!!!
    Tudo gira em torno do nosso jeito de olhar, de ver e de sentir as coisas... Precisa amadurecimento para se olhar desta forma... Parabéns, vc continua escrevendo maravilhosamente bem...
    bjo

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  2. Sinto que sempre nos foge pelas maos, como agua que escorre, td aquilo que mais desejamos, td o que vale a pena viver, e o que nem sempre vale, aceitar ou nao as perdas, sermos culpados ou nao por elas, abrir nao, ou nao, daquilo que desejamos... parebens querido, seu novo poema me levou e refletir sobre varias coisas em minha vida.. espero que seja igual pra outras pessoas tb... bjs

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  3. Parabéns! Como sempre seus poemas são belissimos!!..
    Nelci

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  4. Nadir da Silva Marçal10 de maio de 2012 às 10:44

    Fluir na essencia desta alma perdida é o conflito constante. Angustiante o olhar de nossa alma, velando cicatrizes mórbidas das perdidas viagens dos medos dos amores terminaveis. O coloquio afligente demonstra o perder suave e desnivela-se terminal. Já guarda um sentido melhor quando entende que tudo é nada. Conhecemos os aflitos gritos do amor loucura e inferno.

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