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quinta-feira, 22 de abril de 2010

DANÇA DO AMOR CIGANO




DANÇA DO AMOR CIGANO

Lua , amor e fogueira

Vibrar que foi pela noite,

quereres exalam pelos poros,

Madrugada hospitaleira ,

Os elementares e seus encantos,

seus Mitos correm a frente
 
 dos pecados da culpa cristã.

Os mistérios noturnos se revelam  .

correm pelo corpo quente

sedução que a faz inteira

pedido feito a maça

sensualidade Gitana,

 a musica dos sentidos,

Acordes nascem ao mesmo tempo,

que o desejo grita, canta, geme

que a vulva umedece ,

e as saias saltitam ,

com os feitiços do leque

desejos fluem envolvem

 sob graça do improviso  

 folhas voam ao vento,

 como os corpos deslizam

como graciosas borboletas

olhos encantam com sorriso

numa alegria sem reservas
 
a qual não existe receita

com mesma delicadeza

do arco e o violino

 cheiro da paixão
 
entre as pernas

esplendor da violeta

misturados com o aroma

mágico da Dama da Noite

Enfeitiçados, abençoados

na simbologia dos sinos

pela magia da lua cheia.

A ritualista emoção 

envolvendo corpos,

misturando os naipes

com a noite calada,

banhados pelo orvalho

 transmutação dos mistérios

a cada paragem da estrada

amando-se na rede,

celebrando com vinho

aconchego do sonho aquecido,

Revelados nos baralhos

 imagens de quentes delírios

até secar a saliva dos lábios

Com o crepúsculo da lua encantada.

SÉRGIO CUMINO - O POETA DE AYRÁ

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A NOITE DE VÊNUS


A NOITE DE VÊNUS

O corredor de abalos, que o tempo

em frente rola e embola

Os passos trêmulos

de seres feios nos caminhos cinzas

Os poetas bebem o gole daquele jeito

que descrevem os seios.

O efeito do cartaz jovem, da menina produto,

do escândalo sem susto,

da droga ou do porte.

no vazio das cheias ruas

de alienados a esperanças.

deles Sartre disse:

“nossos infernos são os outros”

digo eu; o nosso colírio também;

mesmo que afete pupilas

dessa trajetória pós-moderna

de clipe e taberna.

Os olhos de Vênus sorriem

de pés no chão como sinas

sua fantasia ensina

ser apaixonada eterna

que fascina,

ocidente e oriente,

os astros e a mim.

Como poeta, brindo

a noite abençoada

pela Deusa de Vênus.


SÉRGIO CUMINO

domingo, 4 de abril de 2010

DEUSA DO RIO DA SERRA



DEUSA DO RIO DA SERRA

Desce pelas brumas serranas

Para o mergulho n’alma minha

Conecto ao cosmo meu anima

E procuro lá no mais absorto canto

Um fio que se personaliza, dama

Sou jardineiro que pelo jardim caminha

Dando sentindo ao querer germina

Semente nova que na vida planto

A bela, que dilacera o bruto

E revela as sutilezas do âmago

Como um sonho aparece num susto

Rogava em minhas preces sua vinda

Alquimia faz do poeta mago

Quando a surge, intensa e linda

Como um banho em ritmo blue

Personalizo o sonho que trago

Em notas que faz do amor alvorada

Dimensiona o desejo de norte a sul

Não há tempo quando é namorada

O que busco, surge à frente

Musica a torna felina e amada

Amplia-me o olhar e a mente

Onde o tempo e o subjetivo

É belo em tudo que se sente.

É quereres de principio ativo

Quando o corpo dela eloqüente

Aconchega a noite e o ninho

Faz todo eu ereto e vivo

A divagar no tempo e espaço

Vindo de lá do reino do meu pai

Mergulha no eu profundo

O que vem dela há em mim

E o que há nela existe no mundo

Porque somos principio e fim

O cosmo que não acaba mais

E faz do momento eterno

O balneário na taça de vinho

Despi-se com rubor, sem pudor

Sentindo me roçar pelo seu corpo

Que é toda poesia, felina, e flor

Banhando meu desejo interno

Floresce a arte num impulso louco

A deusa do meu mundo pagão

Que É poetiza, poesia e bela

A que ritualizo o pulsar do amor

Como a alça que deixa corpo solto

Que agita meu céu e inferno

Pura essência da mãe terra

Potencializa meu machado

Como a magia do rio da serra

Prelúdio do primeiro ato

Da às letras especial sabor

Iluminada pela luz interior

A Ribalta da Musa é a palavra

Só desejos e poesias acato

Seu corpo um bale amado

Universo de especial entrada

Acelera os sentidos e calor

Resguardo 21 dias como preceito

E a saudade pura evocação

O gole no vinho oferenda

Fortalece a anima aqui no peito

Desde a mulher no limoeiro

Refresca a alma como menta

Com a poesia do gesto meigo

Se passar 21 anos de amor feito

Estará composto na poesia do ator

Que vivi o mito da sua sina

Fez o mais belo homem pagão

Por louvar a Deusa com amor

Na mulher doce menina.


SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ