BORBOLETAS
A união de pontos
o colar de suores
crescente do festival de Eros
presente mulher de formas e magia
o confuso jeito de o meu assumir
é o inicio do baile
de entrelaçar de pernas
a coreografia da digna postura safada
é ter presente como ilusório
o calor como um sonho
penetrando atroz, feroz, atriz
na minha corrente sangüínea
Mas a felina com seu discurso
sereno pisa na grama e me abraça
dona de uma cabeleira mística
suave como uma canção ritualística
preguiçosa mas anárquica
De fazer carícias suspirarem
— deixa-me ir onde o Estado
moral e poder, viram fuligens
quando nós borboletamos na neblina
e a noite se vai para dormir nossos sonhos
SÉRGIO CUMINO